AR Coronae Borealis

Grupo Realidades  (Bruna Mayer, Clayton Policarpo, Dario Vargas, Karol Pinto, Letícia Brasil, Loren Bergantini, Marcus Bastos, Miguel Alonso, Paula Perissinotto, Sergio Venancio, Silvia Laurentiz)

Acesse a obra no Instagram: https://www.instagram.com/ar/2736926153231374/
(É necessário ter o aplicativo Instagram instalado em seu celular, na versão mais recente. É possível que o filtro não funcione adequadamente em todos os tipos de aparelho)

AR Coronae Borealis integra a série “quando as estrelas tocam”, iniciada em 2019 pelo Grupo de Pesquisa Realidades. O conjunto de obras multimídia aborda a visualização de dados e a interpretação de informações sobre constelações e estrelas, particularmente as de magnitude variável, isto é, aquelas estrelas que apresentam variação de seu brilho ao longo dos anos. As informações e dados utilizados para realização da série estão disponibilizadas na base de dados da Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis (AAVSO – https://www.aavso.org). Com base nessas medições, os autores propõem um percurso entre imagens e ondas: a variação do brilho de uma estrela é compilada por um software que gera sons; os sons modulam imagens que refletem luz sobre e para as estrelas.

A constelação Coronae Borealis é descrita em mitologias antigas como a coroa oferecida como presente de matrimônio a Ariadne por Dionísio, com o qual a imortaliza. A estrela variável R Coronae Borealis, que compõe a constelação, foi ponto de partida para um processo poético e de pesquisa a distância do Grupo Realidades, por conta da situação de pandemia de 2020. Enquanto a primeira obra da série “quando as estrelas tocam”, R-Scuti de 2019, nos sugeria ouvir as imagens e suas mudanças no tempo, AR Coronae Borealis indica uma vontade de permanência: estar e sobreviver ao tempo.

Esta obra foi criada a partir da intervenção em Realidade Aumentada (AR), com acesso pela rede social Instagram. Os dados de magnitude da estrela são inseridos em outros programas para configurar padrões sonoros e visuais e realizar o design de interação. A obra artística se caracteriza também pela interação com redes sociais, possibilitando uma participação a distância e independente da necessidade de se instalar novos aplicativos, intercalando-se enquanto proposta poética com momentos cotidianos, naturais, das pessoas que já estão imersas nessas redes. Portanto, usou-se o software Spark AR Studio, para desenvolver um filtro que se integra a rede social Instagram e permitir, dessa forma, interação dos usuários que a usam cotidianamente.

(Astrônomo colaborador: Rodrigo G. Vieira)